Sábado passado em churrasco com meus mais que migos: friends, imprimimos o mapa astral de todos os presentes e recorremos ao pai de todos (google) para fazer a análise de: sol, ascendente, lua e vênus de cada um dos presentes. Após ler o que cada coisa disso significava, julgávamos com base em vozes da nossa cabeça, a porcentagem do quanto aquilo “batia” ou não com a pessoa em questão.
Foi um exercício divertido pois acho de ótimo objeto de análise a reação entre o que cada um enxerga/pensa de si e o que os outros vêem. De vez em quando me pego pensando sobre como será que diferentes grupos de amigos me percebem. Ou até outras pessoas não tão próximas. Não em um sentido que isso tenha que servir de norte pra minha autoimagem, mas como de acordo com cada um, detalhes diferentes são interpretados de maneiras diferentes.
Mas no dia do churras, o meu mapa foi o que mais “combinou”. Uma porcentagem maior de 80% em match de todas as categorias. O que pra mim foi engraçado porque não só concordei, mas achei bonitinho que muitas das coisas que enxergo em mim é possível de transparecer pra essas pessoas próximas. É como se fosse um lembrete porque toda vez que alguém desgosta de mim, ou tem uma percepção que eu julgo como “errada” ou infundada sobre a minha pessoa, eu me coloco em dúvida. Passam pensamentos pela minha cabeça do tipo “será que eu sou uma escrota tão autocentrada que não percebo que sou uma escrota?”. Será que eu só sou legalzona dentro da minha cabeça e na realidade sou uma chata que ninguém suporta? Será que na verdade a maioria das pessoas não me vê como legalzona e só sou agradável pra uma bolha específica de pessoas?
Lapsos de autoestima a parte, tenho plena consciência de que não dá pra agradar todo mundo. E tudo bem. É quando me perguntam qual meu signo e quando respondo Áries, tem gente que torce o nariz. E aí outras pessoas que me conhecem a mais tempo dizem que “nossa não parece”. E essa é a pulga que me coça de vez em quando: o que será que parece aos olhos de quem tá chegando agora? Não fico me preocupando com coisas do tipo “que imagem eu tenho que passar”, pisando em ovos e calculando cada passo/fala ou qualquer coisa do tipo. Mas num ponto de vista mais espontâneo e de primeiro momento.
Voltando aos signos, eu sou do time pode ser que sim ou que não. Se for verdade e existir: tudo bem. Se não: tudo bem também. Mas acho no mínimo curioso como algumas pessoas lidam com isso em situações que hmmm. Exemplo: lembro de uma vez que uma ex-amiga estava procurando alguém para dividir apartamento, e conforme iam surgindo interessados uma gama de outros amigos iam pesquisar a pessoa pra descobrir o signo e ditar se seria um candidato em potencial para uma boa convivência ou não. Outra vez fui num date e um cara fez meu mapa astral ali no falecido starbucks da alameda santos e foi me torcendo o nariz conforme conversávamos sobre o que ele interpretava das respostas. Dividíamos o mesmo signo mas éramos completamente diferentes. Depois transamos e não conversamos mais, mas ele fez questão de surgir três semanas depois me dando um fora com um áudio de cinco minutos. (se foi pela foda mediana ou pela análise do meu mapa, não sei dizer)
Amigas relatam que é uma pergunta em entrevistas de emprego. Outros dizem que escolhem apenas signos compatíveis com seu mapa pra poder beijar na boca. E outros ainda possuem tanta aversão ao tema que nutrem um ranço prévio a qualquer um que acredite em signos. O que eu acho é: acredita no que for melhor pra você portanto que não prejudique os outros kkk
O que eu gostei da experiência, além dos pontos de vista, é como nós interpretamos essas informações. Conforme foram narrando meus pontos do meu mapa, fui pensando nos exemplos que ilustravam ou não. Tirando muitas coisas genéricas, achei legal quando batia e eu falava “nossa total euzinha”. Tem dia que eu não quero análises profundas, talvez uma diquinha do signo de vez em quando caia bem. Mas assumir as responsabilidades é essencial. Principalmente levar as dificuldades pra uma terapia ao invés de só jogar a culpa no mapa.
Mas sem extremismos, foi uma boa atividade em grupo. Recomendo que você faça com os migos mais íntimos, nem que seja pelas risadas. E foda-se o que os outros pensam do seu signo, todo mundo é muito mais que isso. (às vezes pra pior né, infelizmente)
Dito isso vou acender um incenso porque amanhã tem ritual de prosperidade e se os astros, o cosmo e universo puderem me ajudar: estou atirando pra todos os lados.
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You’ll Never Find me é um terror psicológico onde um homem isolado de uma tempestade em seu trailer, recebe uma visita de uma moça procurando abrigo. Ambos entram num estado de paranoia um com o outro e coisas acontecem. Bem tenso e tem um último ato meio frenético. Tem cenas boas mas ficou um gostinho de poderia ser melhor.
Double Blind acompanha um grupo de pessoas que estão num experimento sobre uma nova medicação. Porém as coisas não parecem ser assim tão boas como prometidas e eles descobrem que se dormirem: morrem. Uma ótima atmosfera de tensão construída, gostei.
Take Shelter te faz duvidar do que é real ou não. Um homem tem visões apocalípticas e é questionado por sua família, tendo dificuldade de separar o que está acontecendo do que pode vir ou não acontecer. Demora pra engatar, aí melhora, ai decai, depois acaba bem.
The Roommate é ruim que dói rs. Numa universidade, uma jovem acaba caindo com uma colega de quarto levemente problemática que tenta controlar sua vida, fazendo as coisas fugirem do eixo. Atuações ruins, plot tosco, zero carisma e desenvolvimento de personagens. Não vale o view.
Ghostwatch é um ótimo fake documentário de um programa de tv indo investigar se existe fantasmas ou não na casa de uma família assombrada que está estourando na mídia. Bem divertido e satirizando um caso real.
Gonjiam: Haunted Asylum tem um canal de youtube famoso por investigar coisas de terror da vida real, então um grupo vai se filmar num antigo manicômio abandona pra ver se é real todas as lendas sobre. Me deu cagaço demais setaloko, tá amarrado. Dito isso muito bom, jamais veria de novo rs
The Toxic Avenger é um ícone clássico da podreira. Um nerdola excluído e zoado pela galera padrão sofre um acidente num lixo radioativo e se torna um “monstro do bem”. Cheio de crítica sociais, ironia e muita trasheira. No começo parecia muito problemático, mas depois que entendi o tom, achei ótimo kkk
Les Chambres Rouges acompanha o julgamento de um serial killer que tem fãs obcecadas. Só vou falar isso porque é muito tenso, muito pesado e muito bom. Um dos melhores da semana.
Eighth Grade é a prova que Bo Burnham é um gênio. Uma pré-adolescente excluída e “estranha” tem que lidar com as pressões sociais e da idade ao estar prestes a ingressar no ensino médio. Muito sensível e realista, amei demais.
Critters é mais uma podreira da semana. Umas criaturas alienígenas caem na terra em uma cidadezinha e começam tacar o terror e nossa, divertidissimo e ruim.
Abigail foi a surpresa da semana! Um grupo em busca de dinheiro sequestra uma garotinha bailarina pra tirar dinheiro de seu pai e só precisam ficar 24 horas vigiando ela pra completar a missão. Porém ela é uma vampira e a vibe “vocês é que estão presos aqui comigo” começa a rolar solta. Elenco de milhões, não se leva a sério, o que o torna COMPLETAMENTE divertido. Fui na pré-estréia com o boca do inferno e foram gostosas risadas. Me surpreendi muito, que quentinho no coração. A protagonista atriz mirim dá um show de atuação (aprenda melissa barrera)
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