Esse ano pareceu que vivi uma década em doze meses. Muita coisa aconteceu. A vida me atropelou e deu ré. Descobri coisas sobre mim que quero levar para os próximos anos enfim.
Participar de clube de leitura mudou minha vida e minha dinâmica com livros. Além de um outro olhar, saí MUITO da minha bolha e criei o hábito de ler MUITO mais do que estava acostumada. Pretendo continuar.
Dá pra fazer exercício físico sem gostar sim. É disciplina e ação, e não prazer, que faz com que realizamos as coisas.
Não dá pra esperar o básico das pessoas. Torcer o meu pé matou algo dentro de mim ao mesmo tempo em que vi que poderia conseguir suporte e ajuda de onde menos esperava. Não dá pra cobrar maturidade de quem não está disposto e depender da ajuda dos outros pra mim é horrível. Mas quando a necessidade bate, a gente tem que engolir seco o orgulho.
Escrever é incrível. Esse ano decidi me aventurar na escrita de ficção em contos e o processo tem sido maravilhoso. Tenho orgulho de algumas coisas e sei que ainda preciso aprender e melhorar MUITO. Receber um livrinho com meu nome impresso, mesmo que seja de participação, encheu meu coração de alegria.
Viajar é bom, voltar pra casa é melhor ainda. O mundo é um lugar riquíssimo e eu amei fazer minha primeira viagem internacional. Nas minhas condições não é sustentável fazer isso sempre e percebi que há uma grande glamourização em torno disso. Nem tudo é super incrível. E não é por simplicidade que não seja válido.
Ser mãe de pet é tudo e mais um pouco, mas não é pra qualquer um. Depois que a gente se informa e vê as reais necessidades de um bicho, começamos a julgar as pessoas próximas que fazem mais merda do que imaginamos. É igual ter filho: deveria ser uma escolha consciente e com muita preparação, mudança e responsabilidade. Graças às entidades posso proporcionar qualidade de vida pros meus bichos melhor que pra mim rs
Ser coerente consigo é essencial. Fiz escolhas que desagradaram, não perdoei quem eu não queria, falei não e me mantive fiel à mim. Esse ano a consciência não pesou e eu respirei aliviada. Vejo como um grande ato de amor próprio.
Ter amigas é tudo. Fazer novas amigas é maravilhoso. E eu quero sempre ter, manter e acolher mulheres do meu lado. Eu preciso de vocês. Uma comunidade de nós por nós deixa a vida muito melhor. Obrigada!
Não adianta desesperar. Nem se comparar. Eu sou ansiosa e gente ansiosa tem PRESSA. Esse ano chutou minha cara e gritou pra eu ficar de boa e parar de ser doida.
Mais feiras locais, menos eventos com multidões. Comprar local, comprar de quem faz e menos encher o tanque de gasolina de quem tem jatinho.
Aprender coisas novas é bom demais. Se permitir ser iniciante é melhorar ainda. Não esperar perfeição, nem imediata e nem nunca, é o auge.
Sempre vale a pena ir no teatro assistir musicais.
Calada vence foi o lema e funcionou. (mas podia ter vencido mais kkkk)
Black Friday melhor e única época possível pra comprar cápsula de café.
Tá tudo bem mudar os planos no meio do caminho.
Me conta quais foram suas descobertas esse ano! Não importa quão óbvias, afinal: antes tarde do que mais tarde!
Killers of the Flower Moon é cinema mesmo e vou ter que glorificar Scorsese porque o véio sabe o que faz. Petróleo é descoberto na terra Osage e sua população começa a ser assassinada por brancos gananciosos até que o FBI aparece pra investigar.
The Grinch é muito fofo visualmente mas a história pombo demais. Até a narração do Pharrell Williams ficou fraquinha. Mas vale ver pra não usar neurônios e ficar “awn” pro design.
May December é babado. Vinte anos depois de ser notícia, um casal recebe a visita de uma atriz que irá interpretar o passado da protagonista. O piano brega proposital e a falsa sensação de documentário sensacionalista dá um ar de podreira intencional que eu amei. Charles Melton merece muitas premiações aqui ressurgindo como uma fênix após anos de Riverdale.
Maestro parece masturbação de ego hollywoodiana, daqueles filmes feitos na fôrma prontinho pra ir pras indicações. Aqui retrata a vida do Leonard Bernstein sendo compositor e uma piranha não monogâmica. Um monte de nada. Meh
Saltburn é o auge. O babado dos babados. Um estudante se interessa por um riquinho na universidade e começa a fazer de tudo para pertencer àquele mundo. Após fazer amizade vai passar uns tempos na mansão do mesmo, se infiltrando na família e coisas acontecem. Cenas polêmicas mas que funcionam muito bem pra entender cada personagem e dinâmica ali apresentadas. Barry Keoghan faz um estranho como ninguém, merece o mundo!
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