Edição quase nada com um pouco de tudo e um pouco de nada misturados em tópicos rapidinhos. Optei por esse formato essa semana pois estou com crise de sinusite e já é difícil estudar e trabalhar assim, quem dirá usar ainda mais meus neurônios para a escrita.
Todos os anos eu escolho metas para me desafiar (acho que já falei disso aqui em algum momento). Teve um ano que fiquei sem comprar nenhum jogo, outro sem comprar nenhum livro, sem beber refrigerante etc Esse ano ao invés de me privar, coloquei a leitura de um livro por mês e tem dado certo. Já estou pensativa para o próximo ano.
Também consegui ver o equivalente a um filme de terror por dia nesse mês de outubro. Então a partir de agora vou voltar a variar os gêneros nas indicações. Também posto essas indicações no instagram, um dia depois. E sempre fico muito feliz quando alguém fala que assistiu ou pelo menos anotou alguma coisa que eu falei sobre. Essa troca é o que não me faz desistir da internet (até porque hoje em dia quase impossível né). Não sou (e nem quero ser) crítica de cinema nem nada, só gosto de compartilhar mesmo.
Voltei a jogar Alan Wake, sim por conta do lançamento do segundo. Desde o xbox360 eu nunca consegui terminar, pois sempre chegava em alguma parte difícil que eu empacava e acabava desistindo. Agora eu peço pro meu namorado desempacar as partes difíceis pra mim, pois continuo na dinâmica se dificultou eu abro mão. Eu desisto porque me sinto burra. Ele diz pra eu colocar no fácil já que eu quero jogar só pela história. Mas isso também me faz sentir burra. Preciso falar disso na terapia. Plus: tem Poets of the Fall na trilha sonora, banda finlandesa que amo do fundo do meu coração.
Confesso que sou viciada naquelas páginas de achados da shopee com utilidades inúteis. Vejo todos, o que me dá vontade vou lá e coloco no carrinho. Mas nunca compro. Um dia numa promoção relâmpago comprei um aspirador de pó de mão, portátil, por OITO reais. Mas o vendedor cancelou. Depois me fala uma utilidade inútil que você gostou muito e não se arrependeu de comprar. A minha foi um rodo/vassoura que é o mais potente que já tive na vida e ele é todo simplinho. Segue o link.
Como uma pessoa “certinha” em tanta coisa, resolvi cometer uma “loucura” (kkkk) e comprar ingresso pro “I Wanna Be Tour”. Um festival com bandas que uma Natália adolescente gostava muito e resolvi honrá-la. Faz anos que não ouço nada daquela época, coloquei uma playlist com as principais de cada banda e incrível o poder de evocação da memória. Como eu ainda sei as letras daquilo? Acho que vou chorar um pouquinho quando The Used subir no palco. Mas tem muita banda no lineup que não faz diferença nenhuma pra mim rs Você vai?
Não sou de ouvir podcast com frequência, mas esse episódio com o Victor Miranda falando sobre o limite do horror, vale super a pena para os fãs do gênero ou quem tem interesse mas não consome tanto por N motivos. (acompanhem a newsletter dele também)
Quem usa twitter a muito tempo percebe que atualmente virou um campo de batalha de fandoms. Fico feliz que na época que lançou era tudo mato e diversão. Se a rede como é hoje, estivesse assim na época da minha adolescência, certeza que eu seria uma chatona. Fico me perguntando qual fandom seria eu. A cinéfila pau no cu? A fã de My Chemical Romance que diz que não é emo? A defensora hypada de Lost? Fico feliz que nunca saberei. Hoje sou do fandom do cafézinho, mas sem extremismo.
Descobri que meu boardgame favorito atual é Blockbuster e agora tenho vontade de só comprar jogos nessa temática. Mas eu sei que o que eu preciso não é não de mais jogos, mas sim mais dias em casa jogando. O próximo da minha mira é Pitchstorm. Se você tiver um jogo de tabuleiro temática cinema, me indica aí!
Pensei em ir na Horror Expo no domingo mas ultimamente tenho preguiça de multidões. Eu ia na exposição do mesmo tema no MIS, mas esqueci que tinha comprado ingresso e acabei comprando um curso no mesmo dia e horário. Optei pelo curso. Sou muito cadelinha de aprender coisas novas.
Participo de um clube de leitura pautado na diversão e cérebro liso, chamado carinhosamente de “Leia Podreiras”. Um padrão que tenho percebido é que ninguém sabe escrever cena de sexo. É tudo horrível, não dá tesão mas sim, vergonha alheia. Isso vem da falta de informação? De que ninguém sabe transar? Ou simplesmente tem coisas que é melhor fazer do que falar sobre? Não desencorajo, acho que todo as pessoas devem continuar tentando.
Estou num momento “100% mundinho John Carpenter e não vejo a hora do lançamento de Suburban Screams. Inclusive tenho escutado os cds dos seus “Lost Themes” e achado realmente incrível. Ótimo pra fazer exercício físico, exercício de escrita ou ambientação para demais atividades. Recomendo, segue o link.
Ultimamente me sinto Sísifo subindo um barranco com minhas questões existenciais. Percorro meu passado, questiono meu presente, sinto raiva e temo o futuro. Não o da humanidade, fadado ao fim catastrófico. Mas o meu dentro da minha mediocridade e esforço sem fim para patinar no mesmo lugar. (esse não é um desabafo sobre produção e consumismo em massa)
Enquanto isso tenho dado orgulho pra Freud e Ari Aster percebendo que na grande maioria dos meus contos misturam matricídio e liberdade. Ando me preparando psicologicamente pra escrever meu primeiro livro no próximo ano mas ainda não me sinto capaz. Mas um dia vem aí.
Já pensei em mudar o nome dessa neswletter. Meu arroba no instagram. Em deixar o cabelo crescer. E ser careca pra sempre. Enquanto isso, só penso e te digo: até semana que vem!
Da série filmes que não deveriam existir, começo com Winnie the Pooh: Blood and Honey. Depois do Christopher Robin partir pra faculdade, Pooh e seus amigos abrem mão de sua humanidade, abraçam sua monstruosidade e saem para a matança. Porém aqui nada funciona e nada faz sentido. Um dos piores que vi esse ano. Desapontada pois achei que seria no mínimo engraçado. Nope.
Mas do ruim que na verdade é bom, temos Sharknado 4: The 4th Awakens. Cinco anos após uma paz sem sharknados, algo faz com que eles retornem, e a luta para acabar com o fenômeno também. Mais um com referências jogadas num liquidificador e espalhadas sem contexto algum. Muito divertido, porém o que menos gostei da franquia até agora. Mas sempre defenderei.
A grande e grata surpresa da semana é Cuando Acecha La Maldad. Num vilarejo dois irmãos encontram uma pessoa “infectada por demônio” e decidem se livrar dele, massss coisas acontecem. Um dos que mais gostei desse ano. Muito bem escrito, filmado, cheio de agonia e desespero. Sem muita coisa literal e simplesmente maravilhoso. Amei, amei. Viva o cinema argentino!
Pra quem gosta daquela pegada seita, com floresta e horrores que não conseguimos ver, fica a dica do The Ritual. Quatro amigos vão pro meio do mato na brotheragem honrar a morte de um falecido membro da patotinha. Mas aí coisas estranhas começam acontecer. Achei mediano, mas gostei do visual da “criatura”. Os homens achei todos medianos, desinteressantes (como a maioria cis-het-branca é).
In the Mouth of Madness é uma loucurinha boa demais kkk Quando um escritor de horror famoso desaparece, um investigador de seguros vai atrás de infos sobre esse desaparecimento e começa a presenciar coisas bizarras que parem ser tiradas de um livro… de terror… Doidera, bom demais, divertido e um mix meio Stephen King com Lovecraft. (john carpenter, me adote)
Ainda na pegada do tio Carpenter fui de The Fog. Numa cidade costeira com uma lenda sobre um certo horário acontecerem coisas estranhas, personagens em contextos diferentes começam presenciar coisas estranhas em um mesmo certo horário! rs A cidade depois de uma neblina traz morte e zumbis? Não sei, só sei que gostei! (jamie lee curtis me adote)
Um grandesíssimo wtf da semana foi La Región Salvaje. Uma mãe presa num relacionamento abusivo encontra suporte emocional no seu irmão. Esse, que é amante do seu marido, acaba morrendo após conhecer uma jovem que o leva pra uma cabine na floresta. E aí coisas acontecem rs. Gostei desse também não ser literal nos assuntos que aborda. É uma misturinha boa de referências aos fãs de horror.
Finalmente vi o clássico Helter Skelter. Uma modelo popular passa por várias cirurgias estéticas pra ser “perfeita” mas acaba pagando o preço disso depois. Ótimas críticas, bizarrices e lindo! Famoso puta crítica social foda a cultura japonesa. Maravilhoso.
O trasheira ruim da vez foi Attack of the Killer Donuts. Sim, os donuts criam dentinhos e assassinam pessoas. Escatológico, feio, chato e podre. Se poupem rs.
Na categoria séries vi a primeira(única) temporada de The Fall of the House of Usher e gostei até, mas do Flanagan é a que menos me prendeu. Apesar dos simbolismos (uns óbvios e outros nem tanto), discursos super mastigados, algumas referências forçadas, não me pegou muito. Tem muitas análises legais na internet sobre construções, arquétipos etc. Eu só vou dizer que gostaria de ter curtido mais. Mas não é ruim, vale ver.
A que mais gostei foi a segunda temporada de Our Flag Means Death. Segue mais uma vez sendo um grande quentinho no coração. Um respiro, riso fácil e esperança de que há sim boas produções de comédia atual.
E por último, a mini série documental de The Enfield Poltergeist. Passa rápido e no fim parece que não vi nada kkkk Desconfio de tudo e não sei se acredito no caso mais documentado da história. Os áudios originais parecem dar um ar a mais de seriedade pra te convencer. Mas sei lá né.
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Leia poderias❤️
Se tá na pegada sisífica, vale pensar: Sísifo teria gostado muito mais se tivesse um contador no topo da montanha — e uma lojinha pra colocar stickers na pedra. Veja: https://submission07.itch.io/sisyphus-ascends-idle