Estou numa semana conforto. E pra provar pra vocês que aqui não é só dor, sofrimento e filosofada mediana, resolvi falar de coisas gostosinhas.
É preciso encontrar coisas que nos façam bem. Pequenas coisas que melhoram um pouco o dia. Não necessariamente algo que envolva dinheiro e grandes planos. Mas aqueles detalhes que no dia-a-dia, sem eles, a gente fica um pouco mais capenga.
Eu pensei fazer um TOP 10 COISAS QUE DÃO QUENTINHO NO MEU CORAÇÃO, mas resolvi mudar apenas para 10 coisas porque quero acreditar que ainda existam mais.
TOMAR CAFÉ DA MANHÃ SEM PRESSA
Botar a cafeteira italiana numa boca do fogão enquanto na outra uma frigideira esquenta o pãozinho besuntado na manteiga. O ovinho depois pra completar. Sentar na mesa, pegar o livro da vez e comer sem me preocupar com horário ou o próximo cliente. Senão, sentar na mesa do computador, com o sol no rosto e ler as outras newsletters que assino. Ou fazer isso numa padaria. Ou até mesmo no oxxo da esquina. Acordar cedo e tomar café da manhã sem pressa é sinônimo de paz plena no meu coração. Foi uma descoberta e tanto perceber que sou uma pessoa matutina.
ACERTAR UMA TEORIA
Eu assisto várias coisas e se tiver algum ponto de interrogação desde o começo fico na minha cabeça tentando resolver. (afinal provavelmente esse é o propósito da coisa e todo mundo faz isso, eu sei) E quando a obra confirma minhas suspeitas, nossa, que alegria. Uma satisfação entre estar certa e sentir que ainda existem neurônios funcionais dentro da minha cabecinha.
TUDO QUE MEUS CACHORROS FAZEM
Ouvir os tectectec das patinhas quando eu chamo. Ver ambos aprendendo comandos nas aulas de adestramento. Perceber que estão perdendo o medo do mundo. Quando finalmente aprenderam onde é o banheiro e pararam de mijar pela casa toda. A felicidade quando eu chego em casa. Quando boto os dois na caminha e eles se enrolam na cobertinha pra dormir. Quando pedem carinho. Quando espirram. Olham pra minha cara. Dão a barriguinha pra cima. O cheiro de fandangos das patinhas. Tudo. Eu amo esses bichos mais que eu mesma.
QUANDO MINHA MÚSICA FAVORITA TOCA NO ALEATÓRIO
Dificilmente escolho o que vou ouvir. Criei uma playlist com tudo que gosto com umas 800 músicas, ativo o modo aleatório e entrego&confio. Nada como a empolgação e o brilho nos olhos quando as favoritas começam a tocar do nada enquanto tomo banho, faço faxina ou lavo a louça. Parece que dá um toque especial pra música, pro momento. Eu até me entrego mais na performance e fico focada. Bão demais.
ALGUÉM GOSTAR DA MINHA INDICAÇÃO
Consumir várias coisas no tempo livre pode não me deixar viver muito mas me dá muito papo pra quando preciso. E trocar indicações é muito legal. Dá pra você entender um pouquinho mais sobre a pessoa. E ela sobre você. E entender porque ela lembrou de você consumindo aquilo. Fico muito feliz quando alguém me diz que assistiu ou leu algo porque eu indiquei e a pessoa gostou! Me faz sentir ouvida, vista e até levada a sério. A pessoa se importou o suficiente comigo ao ponto de desprender tempo e energia pra fazer aquilo e ainda aproveitou. Gostoso demais.
MENTALIZAR ALGO E EM SEGUIDA APARECER/ACONTECER
Sabe quando você está jogando um negócinho e você precisa daquela carta bem específica e aí tu pensa “ai kct eu preciso dessa carta específica” e quando você vai tirar a carta sai exatamente aquela carta específica? Estou usando exemplo de jogo mas pode ser com outras coisas tipo: nossa e aquela encomenda que eu pedi? E no mesmo dia ela chegar.
SUCO DE MORANGO COM LIMÃO
Autoexplicativo. Com açúcar. Mistura equilibrada. Refresca a alma, enche o buchinho. Sem ser aquelas aguado, bem encorpado. É como um abraço.
EXPERIMENTAR ALGO PELA PRIMEIRA VEZ E SER MUITO GOSTOSO
Também autoexplicativo. Principalmente quando vou conhecer um restaurante novo e decido ser ousada e pedir algo fora da minha zona de conforto ou que nunca provei na vida. Comer é bom demais. Comer coisas novas gostosas, melhor ainda. Vou colocar conhecer lugares de comer novos e que são gostosos demais como um bônus nessa. Também serve para hobbies e outras atividades.
IR SENTADA NO METRÔ DA LINHA VERMELHA
Só quem vive sabe. Principalmente se for em horário e pico ou após um longo dia de atividades pelas ruas de São Paulo. Sou uma pessoa cansada, com dor na coluna e nas pernas. Qualquer oportunidade de escorar, aproveito. Mas no metrô dá uma satisfação a mais. É como um presente de Deus se ele realmente existir. Principalmente pra fazer o trajeto com o livrinho no colo. Paz.
OLHAR O CONJUNTO DE TATUAGENS NO ESPELHO
Cada tatuagem que eu faço é como se fosse colocar uma pecinha a mais no quebra-cabeças da minha identidade. Como se aquilo já fizesse parte de mim e só faltava concretizar. Quando olho meu corpo inteiro, eu consigo gostar mais de mim e ser mais gentil comigo quando olho pras minhas tatuagens. Sempre cabe mais uma. Bom demais reconhecer como um senso de identidade. THIS IS MEEEE plays softly in the background.
Como disse nada muito grandioso. Quis focar num quentinho acessível e de coisas cotidianas. E você? Me conta pelo menos uma coisa que dá quentinho no seu coração. E espero que até a próxima edição seu coração realmente fique quentinho com algo.
Estava na minha lista o Delicatessen onde num futuro meio apocalíptico/distópico, a galera de um prédio sempre aceita um novo inquilino pra virar carne no açougue e eles poderem comer. Mas a filha do açougueiro se apaixona pelo novo inquilino que é um palhaço/artista de circo. Bem legal e diferentão.
Pra dormir bem, botei Malum. Uma policial faz seu primeiro turno numa estação onde seu pai além de matar outros policiais, acaba se suicidando. Aí ela acaba descobrindo a conexão dele com um culto antigo. Vários sustos, bem tenso.
Pro quentinho no coração vi Are You There God? It’s Me, Margaret. Um coming of age de uma pré-adolescente que se muda e não vê a hora de menstruar, fazer novas amigas e beijar na boca. Parece bobo mas é legalzinho.
(rachel mcadams please be my mommy if you know what i mean)Um dia antes de encontrarem o corpo do Julian Sands, assisti Boxing Helena. Um cirurgião fica obcecado por uma mulher linda e começa a stalkear e tentar convencê-la de que eles precisam ficar juntos. Até que ela sofre um acidente e coisas acontecem. Achei que seria melhor. Achei que seria pior. Mas vale pela performance do Julian, rest in peace.
Termino com Being the Ricardos que acompanha a crise de carreira da Lucille Ball e do Desi Arnaz antes do divórcio. Achei um monte de nada acontece feijoada.
Completei a segunda temporada de Only Murders in the Building e acho uma série super divertida. Mas já não precisa de terceira temporada não gente, vamos parar enquanto tá funcionando hein.
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